domingo, 1 de abril de 2007

Visão, perspectiva e mudança



Entre tantos pontos
Pontos que se unem e que dão forma a esta realidade que vivemos
Como que uma pintura pontilhista
É vontade minha… Eliminar alguns…
Ou em vez disso… simplesmente transformá-los…
Dar-lhes cores mais vivas e apaziguantes quando estes se tornam escuros e deprimentes
Dolorosos só de os observar…
Ou… transparentes, quando magoam e esfaqueiam qualquer projecto de felicidade
Ou… Intensos, quando precisamos de os valorizar e nos passam despercebidos…
Gostava de ser uma artista neo-impressionista, para assim poder eu própria pintar os meus próprios pontos… e desta forma… Realizar a obra da minha vida… e ainda poder aperfeiçoar todas as pinturas que me rodeiam e que eu considero erróneas, desproporcionais e desadequadas…
Contudo, posso não ser uma pintora… Mas ainda assim tenho a vontade de uma verdadeira artista… Assim como tenho em mim, a fé e a crença de quem é capaz de mudar o mundo…
E desta perspectiva, o primeiro passo para realizar... É acreditar…
E eu acredito…
Acredito que posso conspirar contra esses pontos perniciosos…
Acredito que lhes posso dar forma…
Acredito que os posso mudar… Já que não consigo mudar, ainda, a perspectiva de quem os vê…
Até que este processo se torne inverso… E ai sejam estes, quase que de uma forma contagiante, a mudar a sua própria visão, e acreditando que também eles são artistas, porque mudaram algo, quando apenas o percepcionam de forma diferente…
Pois todos nós temos um pouco de pintor pontilhista…
Todos nós temos uma visão…
E é ela que dá sentido à nossa mais maravilhosa obra…
…A vida

7 comentários:

RP disse...

Imagina que tens uma tela em branco, e nas mãos tens todas as cores para pintar uma qualquer pintura que mais te aprouver... Que pintarias? Não respondas! Pensa...
Nós podemos e devemos pintar o que mais nos apetecer, o que acharmos mais adequado, nesta tela que é nossa, nesta tela chamada vida!!!
Se não te apetecer pintar agora não deites fora a tela, daqui a pouco, a vontade de pintar volta a aparecer!
(e, sim sara, roma fica em Itália, LOL)
BJo

Roger

Anônimo disse...

Oi Sara! Em relação ao jogo, se não viste, foi pena, pois foi um bom jogo! :p
Em relação à minha "raiva", como tu chamas, pelo Porto (clube, e não cidade) eu explico. Dizes que não é a equipa a responsável pelo comportamento de determinados indivíduos... Pensas se calhar que nem sequer o clube é o responsável, mas que a culpa recai sobre as pessoas que cometem os actos. Do meu ponto de vista, isso não é assim. De facto, qd pessoas afectas a um clube têm hatitudes ou comportamentos como os adeptos do porto têm regularmente, sem que a direcção do clube venha publicamente pedir desculpa, nem sequer tome nenhuma medida contra estes individuos (que são sócios, logo, faceis de identificar), passa o clube a ter responsabilidade pelos actos destes "animais". O mesmo em relação à equipa. Se os jogadores do porto, ao ver o triste espetáculo das bancadas da sua claque, não interferem, não apelam à serenidade dos factos, pelo contrário, incitam a violência nas bancadas, fazendo sinais de aprovação ao seu público, então passam eles a ser os culpados dos tristes acontecimentos... Lembro-me que há uns anos, o benfica foi jogar ao porto, e no caminho pra lisboa, algumas bestas (da claque do benfica) fizeram estragos em 2 estações de serviço. O presidente do benfica da altura, recolheu as fitas das camaras de segurança das estaçoes de serviço, identificou os responsáveis, e entregou os seus dados à policia judiciária, para que os mesmos fossem punidos. Neste caso, como ves, o benfica não é o culpado pelos actos, pois fez o que lhe competia, entregando os responsaveis, e repudiando tal comportamento. A esta acção, ainda se seguiu um pedido de desculpas público, com direito a horário nobre no tele jornal, e os individuos foram expulsos da condição de sócios. Para sempre. É facil para um clube de pouco caracter esconder-se atrás dos sócios, "sacudindo a água do capote", como se costuma dizer, tal e qual as crianças.. " eu não tenho culpa, não fui eu, foi A ou B..." Mas se o porto fosse gerido por um homem com "H" e não um cobarde, o seu presidente assumia o pessimo comportamento da sua claque. Afinal, é o porto que subcidia a claque; que permite que estes se desloquem a outros estádios, que fornece as camionetas e os bilhetes a preços mais baixos... Devia por isso o seu residente expulsar os individuos que se comportam desta forma, devia pedir desculpas publicamente aos pais das crianças feridas ontem no estádio porque a claque do porto mandou very lights directamente para o publico (8 no total, não pode ter sido sem querer...) e devia a equipa, através d seu capitão, repudiar estes actos publicamente, pis ao não faze-lo está, seguramente, a apoiar este comportamento, e como tal, são eles os culpados. Capicci? ;)

Anônimo disse...

Sara,
aproveita as ferias mulher!
Já agr, foste tu que pintas.t?

**
Pousas

LN disse...

Realizar a «obra da sua vida» é (ou pod ser) esculpir-se, pintar-se a si mesmo? Realizar-Se... e nessa demanda, procura, perspectiva, cada um é quem tem mesmo «o pincel na mão». Ainda que deixe outros guiar a mão, de vez em quando...
O drama é quando nem (se) dá conta disso.
Boas pinturas, em pontos...

Sara C. Rodrigues disse...

LN Boa tarde...
Quando me referi à obra da minha vida... referia-me, portanto, à transcrição da minha caminhada para uma tela... Quase como se de uma história de tratasse, acerca da interacção entre mim e o mundo... Aquilo que eu adicionei à história da vida, e o que ele me deu... Revelando os meus percursos, incluindo percalços e aquisições... Não esculpir-me a mim própria em termos físicos, ou de outra forma directa... E sim a pintura do que fui, do que sou, e do que serei enquanto ser pensante... Das manifestações da minha personalidade, da minha pessoa, através de actos, de palavras de atitudes, de opções, escolhas e decisões... A "obra da minha viva" culmina na vivência de todas as minhas paixões, e é resultado, sim, da minha realização pessoal...

Contudo não sente que por vezes nos esquecemos do poder de uma simples pincelada? Não sente que por vezes, acabamos por, até mesmo, esquecer a existência ou a localização, da nossa preciosa ferramenta, aqui denominada de “pincel” e que nos é tão útil para dar forma ao que a nossa cabeça metaboliza continuamente?


Eu pessalmente sinto que muitas pessoas perdem a capacidade de pintar esperando que outros o façam por elas, para assim os poder culpar caso, essas mesma pinturas, não fiquem do seu agrado... contudo as pinturas só seram realmente delas se tiverem a sua assinatura...

Felizes pinceladas =P

espektrum disse...

"e ainda poder aperfeiçoar todas as pinturas que me rodeiam e que eu considero erróneas, desproporcionais e desadequadas…"

?

ai sara, os outros tb têm direito às suas perspectivas! =P

Sara C. Rodrigues disse...

Claro que têm direito ás suas perspectivas... Não é mha intenção passar a ideia de que as outras perspectivas não devem ser pensadas "por quem as vê"...

Contudo existem perspectivas que causam dolo ao próprio e aos outros... E por isso, dentro da medida do possível, gostava, simplesmente, de ter a oportunidade de argumentar e redireccionar essas mesmas perspectivas. Não pretendo mudá-las mas antes, gostaria de que estas deixassem de ferir quem as racionaliza e de ferir aqueles que socializam com quem as racionaliza.

Fiz-me entender?

Beijão!