domingo, 29 de abril de 2007

Futuro: Criação ou determinação?




A minha reflexão de hoje, prende-se com um assunto que será: o viver amanhã.
Neste sentido coloco duas questões: Seremos nós capazes de criar o nosso próprio futuro? Se assim for, estaremos nós a prevê-lo?

Eu considero que o nosso futuro é nada mais nada menos que o reflexo da nossa opção, quanto ao melhor caminho a tomar, isto de entre tantas. É nada mais nada menos que a projecção das consequências advindas das nossas escolhas passadas. Assim, tendo em conta que o futuro se trata de um conjunto de fenómenos correspondestes a causas, que por sua vez, também já foram fenómenos de causas mais antigas, e por aí sucessivamente, poderíamos dizer que, tendo nós opção de escolha, controlamos o nosso futuro.
Contudo, até que ponto seremos nós livres de escolher? Até que ponto serão as nossas escolhas condicionadas pela sociedade? Até que ponto seremos livres?

A resposta está que, embora sejamos livres de optar por realizar uma acção, ou não, esta é condicionada por regras. Regras estas, impostas pela sociedade em que vivemos, consequentemente, pela ética, pela responsabilidade cívica e legal, entre tantos outros factores, que são interceptados por nós desde o nosso primeiríssimo olhar sobre o mundo.

Logo, seguindo esta linha de raciocínio, penso que, de certa forma, este condicionamento leva a um possível determinismo. Se eu matar um homem serei presa, assim sendo, opto por não o matar… Se passar um vermelho, corro o risco de ter um acidente, opto por não o fazer… Se a égua nasce, mais tarde dará à luz um cavalo… Se hoje é Outono, mais tarde será Inverno… Mas não seriam esta opções, as mais prováveis? Note-se que me refiro a meras probabilidades. Obviamente que nada é assim tão linear, pelo que vigora, impreterivelmente, a incerteza.

Seremos nós capazes de criar o nosso próprio futuro?
Por um lado sim, uma vez existirem premissas que na realidade terão, efectivamente, que ocorrer. Uma vez termos a liberdade de optar por um entre diversos caminhos possíveis.
Por outro lado, existe um limite muito restrito de liberdade, e uma imensidão de relatividades.
Em suma, essa será uma pergunta à qual não será possível responder com os dados que temos actualmente.

Poderemos nós prever o futuro?
Ainda não é possível sabe-lo. E se for, teremos que nos reger pela fé e não pela ciência, pois actualmente regulamo-nos apenas por teorias, e não por factos comprovados.
Todavia, para obtermos respostas temos que reflectir acerca das questões que se levantam, só assim caminhamos para a verdade.


Continuação de um óptimo fim de semana

7 comentários:

Jane disse...

Olá Sara :D!

Ainda não tive oportunidade de ler todo o teu blog...

Li agora este teu raciocinio...e devo dizer que concordo...
O futuro não é fácil de prever, mesmo que façamos as nossas escolhas com consciência...existem sempre factores que fogem do nosso controlo e que afectam inevitavelmente o futuro...

Lembrei-me agora de uma definição que li de Karma. Essa definição dizia que tudo o que nós fazemos em determinada altura, por mais insignificante que seja terá repercussões no nosso futuro..."what goes around comes around"...

Na minha opinião este é um daqueles temas que se pode discutir horas e horas à luz de diferentes perspectivas e teorias...

Beijinhos Sara!

Sara C. Rodrigues disse...

É verdade...

Até porque vivemos rodeados de pessoas que, também elas, optam por um caminho de entre tantos. Opções essas que podem influenciar o nosso futuro...

Existe outro aspecto, que eu não mencionei mas que também faz todo o sentido abordar aqui, que é a teoria do caos... O "efeito borboleta" que em parte está associado à definição que referis-te de Karma...

Alias as premissas que o Karma encerra são de facto bastante interessantes...


Beijinhos =)

1ºActo disse...

Não podias estar mais certa querida amiga ;op Gosto muito desta tua verdade. Sabes que sou tb um adepto fervoroso do determinismo. Concordo que é muito difícil determinar até que ponto as nossas decisões derivam directamente do nosso livre arbítrio, ou se não serão mesmo influenciadas por tudo aquilo que as antecede e pelo contexto em que as mesmas se inserem... Escolho comer pq tenho fome ou será o meu organismo que isso determina e que influencia a escolher uns salgaditos por défice de Nacl? Assim como assim, é melhor beber água antes que tenha sede ;op Beijinhos

1ºActo disse...

Ah! Embora tb seja um adepto da carne do mar e perceba a alegoria... O meu blog chama-se acto continuum ;op hi hi hi

Beijokas

Sara C. Rodrigues disse...

O determinismo, a previsão do futuro ou a sua criação são temas muitíssimo interessante e dignos de reflexão que, por isso mesmo, terão que ser bem mais explorados... =)

De qualquer das formas se comes é pq de facto o teu organismo precisa de repor reservas... se optas pelos salgaditos... é pq és guloso! =)


Peço desculpa pela falha nominal, de qualquer das formas já está corrigido =)

Beijinhos

o alquimista disse...

São tantas, as palavras, ditas ao deus dará, envoltas em doçura, amargas, alguém sempre as terá. São chicote, são terno, afago, são o sol da ilusão, são perversas ou vil loucura, são, o querer a contradição, não deixam marcas na areia...

Espero-te para um sortilégio de ternura


Doce beijo

espektrum disse...

uma coisa é certa: n há ninguém q possa saber mais sobre o teu futuro do q tu própria.

por vezes temos tanta gente à volta a dizer isto e aquilo e de repente já é tudo ao contrário.

lá está, a diferença entre amigos e os outro.
(tou a ler o teu blogue ao contrário =P)